Mestre ceramista santareno Jefferson Paiva em fase conclusão de peças para expor na 10ª Fac

Mestre Ceramista Jefferson Paiva na conclusão do grafismo Tapajônico na peça semelhante a tigela Foto: Cabocla. Ama. 




A tigela, possui oito elementos, quatro se parecem com morcegos e quatro com o urubu rei de asas abertas. Foto: Cabocla. Ama

Limpeza, amasso, moldagem e tintura, sequências de ações realizadas no ateliê do Mestre ceramista santareno Jefferson Paiva, em Santarém (PA), no último sábado 30 de setembro. O total de 50 peças de cerâmica em fase de conclusão pelo artista e o destino, a Feira de Artesanato do Círio (Fac) 2023 na capital paraense. O evento é promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae no Pará, ocorre no período das Festividades dos católicos que celebram a Rainha da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré, no período de 05 a 11 de outubro.

“Participo desde 2018 da Fac, é um meio de divulgar a nossa cultura no segmento da cerâmica, e tornei uma referência santarena nessa feira. Além de divulgar mais a cerâmica Tapajônica, proporciona a expandir a nossa rede de negócios, muitos empresários apreciam a nossa arte e fechamos as vendas da nossa produção”, disse Paiva.
Em suas mãos a peça semelhante a original da etnia Tapajó, antes de produzir, a pesquisa é prioridade. O ceramista é acadêmico do curso de arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). “Nessa obra, que é semelhante a uma tigela, possui oito elementos, quatro se parecem com morcegos e quatro com o urubu rei de asas abertas. Geralmente usados em rituais/cerimonias da cultura Tapajônica. As minhas peças são produzidas após estudo, geralmente faço pesquisa prévia sobre a peça, geralmente eu vou onde a original encontra-se. Vejo e fotografo de vários ângulos e depois desenvolvo a reprodução, envolvendo vários aspectos desde a forma, pintura e envelhecimento”, explicou.



O acadêmico de arqueologia Carlos Magno da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) trabalha com a técnica engobe, um dos tipo de tintuta usada nas peças de cerâmica para exposição na Fac. Foto: Cabocla.Ama.

Na grandeza de compartilhar os conhecimentos, sempre convida colegas acadêmicos do curso de arqueologia. “Eu consigo ter aqui uma grandiosa experiência, de algo que muito estudo na teoria na universidade. A liberdade que temos de manusear, aprender mais, como gora, eu estou no aprendizado do barro e pintando a peça com a tintura engobe, e a finalidade de contribuir melhor a produção da nossa cerâmica”, destaca o acadêmico Carlos Magno.

Texto e fotos: Cabocla. Ama (Santarém-PA). 


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