Prefeitura de Santarém apoia o show musical "Mimi Paixão - O baile de uma vida"


Em comemoração ao centenário do saudoso Firmino Paixão, será realizado no sábado, 1º de junho, o Show Musical denominado "Mimi Paixão - O baile de uma vida". Firmino ficou conhecido como instrumentista da flauta, clarinete e consagrou-se no saxofone. O evento é organizado por Sons da Mata Produções com apoio da Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), Família Paixão e demais apoiadores do setor privado. O show ocorrerá no Centro Recreativo, a partir das 20h. Entrada Franca.
 
O produtor cultural de Sons da Mata Produções, Edmárcio Paixão disse que o Show destaca Firmino e as demais gerações da família Paixão como referência na formação da arte musical da cultura santarena. "A homenagem será feita por filhos, netos e bisnetos, no instrumental e vocal. E dividido em duas partes, a história em vida de Mimi Paixão e o legado. O total de 13 apresentações no show", explicou.

Roteiro das apresentações:
1-Siboney (Ernesto Lecuona)
Intérprete: Jaime Paixão
2-Um a Zero (Pixiguinha)
Intérprete: Júnior Castro
3-Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu)
Intérprete: Júnior Castro
4-Noites em Moscou (Vassily Solovev e Mikail Matusovski)
Intérprete: Júnior Castro
5-La chunga (Los Churumbeles De Espanã)
Intérprete: Júnior Castro
6-Pérola do Tapajós (Música: Wilson Fonseca/ Pedro Santos e Letra: Felisbelo Sussuarana)
Intérprete: Sandra Paixão
7-Fascinação (Maurice de Féraudy e Dante Pilade "Fermo" Marchetti)
Intérprete: Eva Paixão e Júnior Castro
8-Bogotá (Beto Paixão)
Intérprete: Beto Paixão
9-Acústico Beto Paixão: Lamento Amazônico, Saudade do Maicá, Diretamente Falando, Pontos, linhas e Lendas, Gêneses da Pérola, Macambira.
Intérpretes: Filhos
10-Lição do rio (Paulo Paixão)
Intérprete: Nicolau Paixão
11-Saudade de Santarém (Paulo Paixão)
Intérprete: Nicolau Paixão
12-Meu caminho, meu destino (Edmárcio Paixão)
Intérprete: Edmárcio Paixão. Participação: Rafael, Gabriel e Jaime Paixão (sopros)
13-Dança da Mata (Beto Paixão)
Intérpretes: todos


Sobre Mimi Paixão:
Batizado Firmino da Paixão, mas carinhosamente conhecido por " Mimi Paixão", o filho caçula de João Matias veio ao mundo no dia 1° de junho de 1919, em Santarém do Tapajós.
Juntamente com o irmão Adalgiso, conheceram as primeiras letras e as notas musicais com Frei Ambrósio, o pai "postiço" de todas as crianças pobres daquela época em Santarém.
Seus primeiros sons musicais soaram da flauta ou da clarinete, mas foi no saxofone sua maior inspiração, onde dava um "show à parte, num sopro suave, enternecia os loucos amantes...".
Um homem simples, de bom coração, encantava a todos com seu sax. Amava a natureza, banho de rio, peixe assado na praia ou mesmo num igarapé. Fez muitas serenatas em noites de luar.
Muito jovem iniciou sua carreira musical, era alfaiate de profissão, mas a predileção pelo sax, levou-o a fazer da música sua maior inspiração. Em suas veias corria o sangue musical herdado de seu pai. Por seu carisma e desenvoltura no sax tornou-se popular em Santarém.
Em 1949 casou com Luzilda Carneiro da Paixão e tiveram 5 filhos.
Mimi aprimorou-se ao talento musical mesclando suas apresentações com solos e passos elegantes, coreografados ao interagir com os dançantes. Possuidor de um humor invejável, agradava a todos. Católico por influência da família, dizia:
"Sou devoto de Nossa Senhora de Nazaré !" E todo ano ia a Belém (PA),pela época do Círio pagar promessa.
Em Belém, encontrava-se com os amigos da música, o saudoso Rui Barata, com este, fizera muitas serenatas e piracaias. Zé Ramos, saxofonista dos bons, dizia ele. Pedro Cauauá, Dr.Nagib Hage ( médico dele), Chico Hage, Adolfo Albuquerque, grande amigo, em sua casa se hospedava. Raimundo Paixão, trompetista e sobrinho, tocavam juntos.
Mini Paixão colocava toda a emoção ao interpretar um blues, um jazz ou uma valsa. Tinha imensa admiração pelo padrinho de fogueira, Maestro Wilson Fonseca. Muito elogiou os solos de Sebastião Tapajós, falava: "esse moleque é bom,vai longe!" Na quadra Carnavalesca, o frevo e o samba abrilhantavam sua performance. Quem o assistiu em ritmo de gafieira, pediu bis...
Nos bailes da cidade seu toque inconfundível fazia a plateia delirar, num sopro suave, aveludado, quase mágico.
A maior parte da vida de "Mimi" fora marcada pela euforia da música, amigos, família, os bailes; os rios, a natureza e a Pérola do Tapajós!!!.
Faleceu em 23 de julho de 1981.

Mais informações:
Alciane Ayres - assessora de comunicação da Semc
Contato: (93-99179-4634). / E-mail: alcianeayres.jornalista@gmail.com

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