Uma
noite ao som dos maiores sucessos da banda Legião Urbana. Assim foi a
sexta-feira (29), na Praça Fortaleza do Tapajós, que contou com a
segunda reapresentação do Show "Legião Sinfônica" organizado pela
Filarmônica Municipal Professor José Agostinho. A programação fez parte
das comemorações pelos 357 anos de Santarém e marcou a mudança de nome
da Praça do Mirante para Praça Fortaleza do Tapajós. A Prefeitura de
Santarém, por meio das Secretarias Municipais de Cultura (Semc) e
Infraestrutura (Seminfra), trabalharam na revitalização e na programação
cultural.
O titular da Seminfra, Daniel Simões destacou o trabalho de
revitalização no espaço. "Nossa equipe trabalhou para entregar a
população um espaço mais aconchegante, já que aqui é um ponto turístico
da nossa cidade. Hoje todos perceberam como a praça está mais bonita".
"É momento de alegria e satisfação poder entregar a praça com essa
nova cara nas festividades de Santarém. Importante fazer esse marco e
encerrar as apresentações culturais com uma belíssima em homenagem a
Legião Urbana", destacou o titular da Cultura, Luís Alberto Figueira.
A mudança de nome da praça foi solicitada à Prefeitura pelo Instituto
Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap). "Faz parte do Projeto
Canhões da Fortaleza, que visa resgatar o valor histórico desse local,
onde foi construída a Fortaleza do Tapajós. Essa fortaleza foi
construída no final do século XVII, em 1694 e inaugurada em 1967 sem
nunca estar concluída. Ocorre que desempenhou funções importantes no
processo de defesa da região, principalmente contra as invasões dos
índios Mundurukus, que atacavam os índios Tapajó e outras invasões que
aconteciam, principalmente na Cabanagem", destacou a historiadora
presidente do IHGTap,Terezinha Amorim.
Terezinha
explicou que em 1867, após a abertura do Rio Amazonas para navegações
internacionais, o imperador Dom Pedro II sentiu a necessidade de
implantar uma política de militarização na região do Baixo Amazonas,
principalmente em Santarém. Então, ele mandou para essa Fortaleza 6
canhões calibre 6 para serem colocadas. Como tinham sido construídos no
século XVII e sem manutenção, não suportaria o peso dos canhões, que
foram abandonados na esquina da 15 de agosto com a Galdino Veloso e
ficaram lá por quase um século. Quando a urbanização foi intensificada
houve a necessidade da retirada. Em 1948, quando era comemorado o
centenário de Santarém, dois canhões foram levados até Praça conhecida
como Centenário. Em 1970, dois foram levados para o aeroporto da cidade e
dois para Sudam, que agora é prédio da Ufopa.
A historiadora disse que o projeto do IHGTAp se dividiu em duas
etapas: "o primeiro foi no mês de março quando trouxemos os 4 canhões
(do aeroporto e da Ufopa) e agora houve essa sensibilidade em
revitalizar a praça e mudar o nome. Quando você falar em praça da
Fortaleza você vai saber que aqui foi uma Fortaleza".
O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, enfatizou o resgate da história
de Santarém. "Não podemos perder nossa história. Foi aprovado pela
Câmara e agora passa a ser chamada de Praça Fortaleza do Tapajós.
Precisamos preservar a nossa história", finalizou.
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